UM CONTO SURPREENDENTE: A VERDADEIRA HISTÓRIA DE UM CARA GOSTOSINHO

Era uma vez um cara que era gostosinho. Só que o gostosinho tinha uma característica horrível: era uma pessoa digna. Então, ele fazia o que queria e se recusava a fazer o que queriam, coisa que acontecia sempre quando o que queriam não era aquilo que ele queria.
Certo dia, enfezado, virou as costas, empinou a bunda e nem olhou para trás, tudo para não imitar a mulher do Jó (foi a mulher do Jó?) e virar uma estátua de sal.
Como aqueles que queriam que ele fizesse o que eles queriam e não o que ele queria achavam que ele era gostosinho demais ( e ele nem nunca foi tudo isso), resolveram desinventar a roda. Para justificar a sua saída do rol daqueles que faziam o que eles queriam, mandaram dizer que ele havia morrido. Foi um susto!
Como enterro não havia, muito menos velório, inventaram de dizer que o Gostosinho, agora com maiúscula, estava muito, muito doente.
Bad! Bad boys!
Ao fazerem isso, acabaram comprometendo o futuro do cara, pois se ele precisasse entrar em um lugar onde ele pudesse fazer o que ele queria, seria fatal lhe perguntarem sobre a data em que saíra do leprosário, se morreria dentro em breve, se estava ainda muito mal, se o caixão fora encomendado, se o seguro cobriria o féretro...
Bad! Bad boys!
Foi então que ele usou as redes sociais para dizer que ia bem de saúde, aliás muito bem.
Entretanto, como uma mentira muitas vezes repetida acaba se tornando uma verdade, Gostosinho continua à beira da morte, pelo menos na cabeça daqueles que se divertiam quando ele dizia a palavra "gostosinho", não na cabeça dos que não achavam divertido ele ser gostosinho. Quanta besteira!
Bad! Bad boys!
Talvez seja o caso de o Gostosinho resolver falar. Talvez seja o caso de o Gostosinho se pronunciar. Talvez seja o caso de o Gostosinho ficar bravo.
Não perca o próximo capítulo.
Que será que o Gostosinho vai fazer?